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Cerrado participa da SP-Arte Rotas 2025

21 agosto 2025

Cerrado Galeria marca presença na SP-Arte Rotas, que acontece de 27 a 31 de agosto na ARCA, em São Paulo, com um estande que celebra a diversidade da produção artística do coração do Brasil. Com curadoria de Divino Sobral, diretor artístico da galeria, o estande tem como mote Os sertões, entre os centros e os oestes e reúne obras de artistas do Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso, evidenciando a força criativa da região. A seleção inclui os seguintes artistas: Abraão Veloso, Adriana Vignoli, Alice Lara, Estêvão Parreiras, Genor Sales, Gervane de Paula, José Bento, Lucélia Maciel, Matias Mesquita, Paulo Pires, Thales Pomb, Tor Teixeira, Valéria Pena-Costa e Walter Pimentel. O conjunto de obras propõe um diálogo sobre as múltiplas questões do mundo contemporâneo a partir de uma perspectiva regional.

A proposta curatorial de Sobral para a feira articula um encontro de diferentes gerações, justapondo artistas consagrados e emergentes. Essa mescla intencional busca apresentar tanto a solidez de uma tradição artística quanto o vigor da renovação, revelando a pluralidade como um pilar da cena artística do Centro-Oeste. A curadoria expande a noção de um “centro” único, compreendendo a vasta região como um território de múltiplos “oestes” e “sertões”, férteis para a reescrita de histórias e para o florescimento de novas narrativas e expressões do espírito humano.

As obras selecionadas para o estande da Cerrado Galeria são um reflexo direto dos espaços e do tempo em que foram concebidas. Elas revelam as inquietações e vivências que atravessam a vida dos artistas e a realidade de sua região. Cada trabalho é um testemunho de como as questões sociais, culturais e existenciais se manifestam na produção artística, criando um panorama coeso e impactante das urgências e potências do Centro-Oeste brasileiro.

A diversidade de linguagens e temáticas é um dos pontos altos da seleção. Lucélia Maciel, por exemplo, utiliza a argila crua para homenagear suas antepassadas negras, enquanto Matias Mesquita dá visibilidade a trabalhadores pintando suas figuras sobre escombros. A delicadeza da aquarela de Genor Sales aborda a exclusão social, em contraste com a celebração da cultura negra nas pinturas de Gervane de Paula. Paulo Pires esculpe em pedra arenítica a complexidade das relações humanas, e Tor Teixeira questiona a masculinidade ortodoxa através de pinturas inspiradas na capoeira. Abraão Veloso explora a delicadeza dos afetos em suas pinturas e tecelagens, Estêvão Parreiras dialoga com a religiosidade popular, Alice Lara captura a energia da paisagem em pequenas pinturas e Adriana Vignoli monumentaliza a flora do Cerrado em suas esculturas de ipês.