Goiânia/GO
Com curadoria de Divino Sobral, a exposição é um recorte na coleção de Sebastião Aires de Abreu. Com mais de 40 anos de colecionismo, pela primeira vez é apresentado ao público o belo caso de profunda identificação e de amor aos objetos de arte que marca sua coleção. São, ao todo, 76 obras, nas categorias pintura, desenho, objeto, escultura e fotografia-objeto, produzidas por 12 artistas brasileiros e 1 artista português anônimo, autor de arte sacra.
Considerando as características da coleção, a exposição busca refletir tanto a sua metodologia de formação quanto o seu complexo sistema simbólico, que a tornam singular e identificada com a personalidade do colecionador. Mostrar esta história contribui para incentivar jovens colecionadores e colecionadoras a embrenhar-se pela vastidão desconhecida e surpreendente do colecionismo de arte.
As obras estão distribuídas em 10 conjuntos temáticos articulados em torno das diferentes questões inseridas na peculiar coleção, explorando o fantasioso do cotidiano, o fabuloso da infância, o espantoso do sagrado, a animalidade humana, a intensidade do sexo e a fragmentação do corpo. Um mundo onde as obras infringem limites e revelam que o assustador e o imponderável fazem parte da vida e deles surge o anúncio da morte, um mundo onde as camadas subterrâneas da memória são escavadas e os saberes populares arcaicos são convocados para produzir formas e sentidos absolutamente contemporâneos.